quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Grávida que tinge o cabelo coloca a saúde do bebê em risco


Pintar ou alisar o cabelo durante a gestação aumenta o risco de o bebê desenvolver leucemia. A conclusão é da dissertação de mestrado do biólogo Arnaldo Couto, pela Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP). Os dados apontam que o uso desses produtos químicos durante os primeiros 3 meses de gestação eleva em 1,8 vez o desenvolvimento de leucemia aguda em menores de 2 anos.
A pesquisa foi feita em 15 centros de todas as regiões do Brasil, exceto a Norte. Couto analisou 650 mães: 231 com filhos diagnosticados com leucemia antes dos 2 anos e 419 mães sem filhos com câncer.
Do grupo de mulheres cujos filhos tiveram leucemia, 15,2% usaram tinturas ou produtos de alisamento nos cabelos no primeiro trimestre de gestação. Entre as outras 419 mães sem filhos com a doença, 9,8% tingiram ou alisaram os cabelos no mesmo período.
“A proposta de analisar a relação entre tintura de cabelo e possível desenvolvimento de câncer vem sendo estudada por diferentes pesquisadores com resultados contraditórios”, afirma Couto, em entrevista à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Segundo ele, esse é o primeiro estudo que analisa o risco de leucemia em bebês, principalmente durante a gestação. A pesquisa deve estar disponível ao público dentro de 6 meses.
Desde os anos 70, estudos relacionam câncer ao uso de tinturas de cabelo, mas os levantamentos levavam em consideração pessoas mais velhas, com o hábito de tingir os cabelos por causa dos fios brancos. “Hoje em dia, o uso da tintura de cabelo é algo comum principalmente entre adolescentes”, diz ele.
Antes da gravidez, a estilista Noemy Costa, 28 anos, era frequentadora assídua de salões de beleza em busca de produtos para alisar o cabelo. Assim que soube que estava grávida de Morena, hoje com 1 mês, não pensou duas vezes e abandonou a química. “Eu já imaginava que fazia mal e depois que fiz um curso de amamentação conheci mais os riscos”, diz.

Ricardo Lopes
Relação tintura de cabelo e câncer é estudada por diversos pesquisadores desde os anos 70
Recomendação

Para o ginecologista e obstetra Natal Gianotto, Noemy agiu certo. Ele recomenda às pacientes gestantes nunca usar tinturas e alisantes de cabelo. “A composição desses produtos interfere na formação do bebê”, alerta. “É contraindicado usá-los, especialmente no último trimestre da gravidez”.
O médico explica que os ingredientes químicos desses produtos podem agir sobre o sistema sanguíneo do bebê e provocar icterícia, o popular amarelão. Até mesmo os ingredientes dos cremes hidratantes podem trazer riscos para o feto.
“A gestante só pode fazer uso de duas coisas na gravidez: vacinas e complementos vitamínicos, como ácido fólico e cálcio.” A restrição a tinturas, xampus tonalizantes e cosméticos para alisamento deve se estender até 30 dias depois do parto.
De 2009 a maio deste ano, foram registradas 388 internações por leucemia em hospitais de Maringá. Onze porcento dos pacientes tinham até 10 anos de idade. Só nos primeiros 5 meses do ano, foram 77 internações.

Análise dos 150 compostos existentes nas tinturas, 32 foram considerados prejudiciais à saúde dos bebês, segundo a pesquisa

O que é
Leucemia se refere a um grupo de cânceres que afetam as células brancas do sangue. A doença se desenvolve na medula óssea, a qual produz três tipos de células sanguíneas: células vermelhas que contêm hemoglobina e são responsáveis por transportar oxigênio pelo corpo; células brancas que combatem infecções; e plaquetas que auxiliam a coagulação sanguínea.
Leucemia é caracterizada pela produção excessiva de células brancas anormais, superpovoando a medula óssea. A infiltração da medula óssea resulta na diminuição da produção e funcionamento de células sanguíneas normais. Dependendo do tipo, a doença pode se espalhar para os nódulos linfáticos, baço, fígado, sistema nervoso central e outros órgãos e tecidos, causando inchaço na área afetada.
Fonte: O Diário


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terça-feira, 27 de setembro de 2011

Por que não se deve pular uma soneca?

Pesquisando sobre o sono dos bebês, achei esse texto que explica bem como funciona o sono dos bebês e porquê não se deve pular uma soneca. Essa história de deixar cansado o dia todo e não deixar seu bebê dormir durante o dia pra não trocar o dia pela noite é uma tremenda furada.


Extraído do blog:
Vinhos, viagens, uma vida comum... e dois bebês!: mais sobre sono: por que pular uma soneca resulta em birra, extrema irritação e luta contra o sono?:


Mais sobre sono: por que pular uma soneca resulta em birra, extrema irritação e luta contra o sono?


Quando lancei a pesquisa sobre sono algumas pessoas vieram me falar: Você tem que conhecer a Andréia! Pois bem que conheci, conversamos e hoje ela é a convidada para falar mais um pouco sobre sono. E por que ela? Porque é  neurocientista, professora na Universidade Drexel, na Filadélfia, e mãe de Lucas, 8 anos, e Isabella, 3 anos e meio. Começou a pesquisar sobre sono quando teve o primeiro filho, que dormia super mal, sem parentes por perto e sem redes sociais para se apoiar. Começou a ler sobre o tema e hoje coordena a comunidade Soluções para noites sem choro, no orkut, com mais de 18 mil membros (aqui). E hoje todos na casa dela dormem muito bem!

Aproveitem!
* * * * *

Por Andréia C. K. Mortensen

Em primeiro lugar agradeço o convite da Carol para escrever um post em seu blog. Como ela sugeriu algo sobre sono, porém deixou o sub-tema livre, escolhi falar do ‘efeito vulcânico’, pois creio que entender esse fenônemo biológico é utilíssimo para muitas mães com filhos com problemas de sono.

Sabemos que os bebês precisam dormir uma certa quantidade de horas por dia para que descansem e se desenvolvam e para que os hormônios do crescimento atuem apropriadamente. Sugiro, em primeiro lugar, que os pais leiam esse artigo do pediatra americano Dr. William Sears para entender um pouco da fisiologia do sono de bebês: Oito Fatos Sobre o Sono de Bebês que Todo Pai e Toda Mãe Deveriam Saber (aqui).

Conforme a criança ganha maturidade a quantidade de tempo que consegue ficar ‘acordada e feliz’ aumenta. Um bebê recém nascido só consegue ficar acordado de 1 a 2 horas antes que o cansaço se instale, enquanto que uma criança de 2 anos consegue durar até 7 horas acordada antes de precisar de uma soneca. Mas não é até 4 ou 5 anos de idade (as vezes mais) que a criança consegue passar o dia todo sem sonecas e feliz.



Pela manhã a criança acorda totalmente restaurada, cheia de energia, mas conforme as horas passam, pouco a pouco, os benefícios do sono da noite passada são esgotados, e ela precisa dormir novamente. Quando entendemos isso e pegamos a criança nesse estágio e a colocamos para dormir uma soneca, fortalecemos os benefícios do seu reservatório de sono, permitindo que ela ‘recomece’ o dia cheia de energia após cada período de sono.

Por outro lado, quando não percebemos os sinais de sono (bocejar, esfregar olhos, perder interesse no ambiente, olhar parado, como se ‘hipnotizado’, chorar, puxar cabelos e orelhas), e não as ajudamos a adormecer quando os primeiros sinais aparecem (fazendo um ritual de soneca simples, porém repetitivo, com ambiente apropriado- escuro e com sons estáticos ao fundo), ou quando ‘forçamos’ a ficarem acordadas além de suas necessidades biológicas sem uma soneca, elas ficam exaustas, chorosas e infelizes.

Conforme os números acima, bebês aguentam um breve espaço de tempo acordados e a pressão do sono já chega, somente entre 1-3 horas. Por isso é que recém nascidos dormem várias sonecas ao dia e bebês novos requerem 2-4 sonecas diárias. Confome o tempo os ciclos de sono do bebê ganham uma maturidade e eles são capazes de ficarem acordados mais tempo entre sonecas. Para serem restauradoras, sonecas devem durar 1 hora no mínimo (para completarem as fases do ciclo de sono). Isso a partir de 3-4 meses, pois antes disso o padrão de sono do RN é muito imaturo. Recém nascidos geralmente dormem em ambientes barulhentos e com atividades ao redor, mas conforme crescem, ao redor dos 3 meses, ambientes barulhentos e claros são distrações que interferem na habilidade do bebê adormecer.

Pesquisas sugerem que até adultos se beneficiariam de uma soneca no meio do dia ou pelo menos uma pausa para descansar, o que seria extremamente benéfico para reduzir a pressão em todos seres humanos.

Então o que é esse tal de ‘efeito vulcânico’?

Conforme o dia passa e a pressão do sono se instala, a criança fica mais irritada, chorosa e menos flexível, chora com mais frequência, faz birra, tem menos paciência. Ela perde a concentração e habilidade de aprender e absorver novas informações. O termo científico para esse processo é "pressão de sono homeostática". Elizabeth Pantley, em seu livro ‘The No-Cry Nap Solution: Guaranteed Gentle Ways to Solve All Your Naptime Problems’ chama esse fenômeno de ’efeito vulcânico’, que é o que adotamos também.

Todas nós já vimos esses efeitos no bebê ou na criança, é tão claro como assistir um vulcão entrar em erupção. Quase todo mundo já observou uma criança chorosa e irritada e pensamos ou falamos: "É sono, precisa de uma soneca!"

Sem o descanso da soneca a pressão homeostática continua se acumulando até o final do dia, crescendo e se intensificando- como um vulcão- até que a criança estará completamente exausta, elétrica e incapaz de parar a explosão. O resultado é uma batalha intensa na hora de dormir com uma criança exausta, ranzinza, ou um bebê que não consegue adormecer- não importando o quão cansado esteja.

Isso acontece por que o cortisol, hormônio que sinaliza a vigília, é liberado em quantidades maiores quando a pressão do sono se instala e o descanso não ocorre. Cortisol também é o hormônio do estresse que é liberado quando o bebê ou a criança chora (secretado em quantidades potencialmente danosas ao cérebro quando o choro não é consolado e prolongado). Cortisol antagoniza os efeitos da serotonina e melatonina, substâncias responsáveis pelo sono. Ou seja, quanto mais tempo acordada, mais cortisol em seu corpinho, mais choro de irritação que libera mais cortisol ainda, e mais dificuldades de dormir e poderá acordar muito cedo também pela manhã no dia seguinte. Apesar de parecer paradoxal aos olhos de um adulto, isso explica porque a criança muito exausta, ao invés de adormecer facilmente, luta contra o sono.


Pior ainda, uma criança que perde sonecas dia após dia acumula deprivação de sono que a põe no estágio do vulcão em erupção mais e mais rapidamente e facilmente. E pior ainda é se ela está perdendo sonecas e também não tem uma boa qualidade ou quantidade de sono noturno!

O Efeito Vulcânico não é algo que só acontece em crianças não, mas afeta adultos também. Entender isso pode ajudar a interpretar o que realmente está acontecendo em sua casa e no final de um longo dia, quando as crianças estão irritadas e fazendo birras e os pais estão ranzinzas e irritados também- o resultado é uma fileira inteira de vulcões explodindo!!

A pressão de sono pode ser intensificada por problemas do ambiente como: noite de sono passada ruim, déficit de sono prévio, estresses diários, mudança na rotina, visitantes, dentes nascendo e outros. Mais ainda, o estado de espírito de cada pessoa afeta os outros, causando um mal humor contagioso. É fato que bebês são especialmente sensíveis ao nosso estado de espírito. Então você se verá com pouca paciência com seu filho e lhe dirá: "Desculpe meu amor, mamãe está cansada agora." (essa é uma explicação frequente que nós geralmente não paramos para analisar!)

O conceito do vulcão ainda traz outra observação importante: sonecas de qualidade podem compensar por sono noturno perdido- mas tempo extra de sono noturno NÃO compensa sonecas perdidas (devido ao conceito de pressão de sono homeostático). Portanto, não importa se a criança dormiu bem a noite ou não – suas sonecas diárias são importantíssimas para liberar a pressão de sono em ascensão.

O que fazer para sair desse ciclo vicioso?

Algumas mães relatam que passam o dia todo tentando fazer seu bebê dormir, e frequentemente é porque desconhecem o tempo médio que eles aguentam fisiologicamente acordados, e ‘passam do ponto’, ou entram em efeito vulcânico frequentemente. Deixam os bebês acordados até tarde da noite, não dão sonecas por acreditarem que dormiriam melhor a noite (sendo que a verdade é o oposto), ou tiram sonecas rápidas, de meia hora ou menos, que não completam as fases do ciclo de sono e não são restauradoras. É um ciclo vicioso, uma bola de neve que se inicia logo pela manhã- quanto menos sono nos momentos apropriados, mais dificuldades para os sonos a seguir.

Então, a melhor estratégia para lidar com isso é prevenir que o efeito vulcânico se instale em primeiro lugar, investindo na qualidade das sonecas, e ajudando o bebê a tirar sonecas restauradoras. Pode-se fazer isso da maneira mais eficiente que a mãe conhece para ajudar o bebê a adormecer, e fazendo-se também um ambiente apropriado. Como já dito acima, escuro e com sons estáticos ao fundo. Sons estáticos são sons repetitivos e que conduzem ao sono, que o bebê já está acostumado a ouvir no útero materno. Exemplos: som do mar, chuva, oceano, ar condicionado, ventilador, secador de cabelo, rádio fora de sintonia e outros. Uma dica: gravar um CD com um tipo de som e tocar a soneca toda e a noite toda também. Até nós adultos nos beneficiamos disso- quem não dorme bem quando chove lá fora, ou tiramos uma bela soneca numa rede a beira-mar?

Se for preciso esticar as sonecas colocando o bebê para dormir novamente ‘no meio’ da soneca, faça-o, pois esse é um aprendizado que depende da nossa ajuda. Se o bebê dormir melhor no seu colo, ou mamando, ou precisa ser embalado novamente, que seja. É importante evitar a progressão do efeito vulcânico, e um bebê exausto precisa de ajuda para adormecer. Novamente, um ritual de sono noturno condutivo ao sono também é importante, e é benéfico que as crianças durmam cedo pois tem tendência a acordar cedo. Finalmente, outro fator que gostaria de incluir aqui é a alimentação da criança, que pode fazer uma diferença na qualidade de sono. Para maiores informações, ler o artigo ‘Comer bem para dormir bem’ (aqui)

Conforme Dr. Sears, não é antes de 2-3 anos que eles tem maturidade para adormecerem sozinhos, sem ajuda alguma. E se a criança está exausta, eles precisam de mais ajuda ainda para tirar sonos restauradores. Em outras palavras, o bebê sente um mal estar mas não sabe que é sono, não sabe como resolver esse problema (ou seja, dormindo), não sabe como pegar no sono, e só tem a linguagem do choro para comunicar suas necessidades (físicas e emocionais).

A espécie humana é uma das que nascem mais precocemente no reino animal, até entre os primatas. Isso porque o "preço" da nossa inteligência, o cérebro enorme (que foi evoluindo por milhões de anos), não poderia terminar de se desenvolver no útero da mãe ou o parto não seria possível, em conjunção com outro fator evolutivo, nos levantamos e andamos, somos bípedes. Fato é que bebês nasceram neurologicamente inacabados! São dependentes e precisam de nossa ajuda, toque, carinho, atenção, serem atendidos quando choram, receber colo, ajuda para dormir quando precisam.

Para concluir: uma rotina com sonecas estáveis e restauradoras é muito importante, com um ritual de sono noturno que conduza ao sono. O que mais importa então é o intervalo entre sonecas, e não o horário propriamente dito (lembrando que o intervalo que aguentam acordados vai aumentando conforme sua maturidade).

Extraído do blog:
Vinhos, viagens, uma vida comum... e dois bebês!: mais sobre sono: por que pular uma soneca resulta em birra, extrema irritação e luta contra o sono?:

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Dossiê: Carrinhos de Bebê


Algumas mães me perguntam qual o melhor carrinho. Sempre peço pra que elas pensem para que querem o carrinho, como irão usá-lo, em que momento e que se imaginem com ele. Por exemplo: saindo de casa, colocando e tirando do carro, você consegue abrir e fechar sozinha com o bebê no colo? E o porta malas do carro? É grande? Vai caber? 

Encontrei esse blog com algumas opções de carrinhos para começar a pensar nessa escolha. Divirtam-se!


Dossiê: Carrinhos de Bebê

SETEMBRO 20, 2011
por Diogo e Suzy
Definitivamente, o carrinho é o item mais difícil de escolher! Demoramos várias semanas olhando os sites das lojas na maior indecisão e quando chegamos lá ainda não sabíamos exatamente o que queríamos. São muitas marcas e modelos e muitos pontos a ponderar. Conforto pro bebê, segurança, praticidade e, não podemos negar, status. O tamanho que ele fica quando fechado também é um ponto importante, pois precisa caber no porta-malas do carro e ainda sobrar espaço pra outras coisas. Existem os modelos convencionais, com 4 rodas e os modelos jogging, com 3 rodas, indicados para bebês maiores.
O papai Diogo queria o Jeep, que é mais masculino e divertido (e barato também). Porém, ele é um pouco pesado e ocupa muito espaço mesmo quando fechado. Imagina a Suzy, que é baixa e magrimha, quando tiver que sair sozinha com o nosso filhote? A mão de obra pra botar e tirar do porta-malas ia ser grande! Além disso, nos disseram que carrinhos de 3 rodas não são muito indicados para recém-nascidos, por terem menos estabilidade.
A mamãe Suzy queria um Quinny ou Bugaboo, que são mais charmosos. Porém, também são um pouco pesados e, apesar de serem bem práticos, também ocupam bastante espaço quando dobrados. Acabamos escolhendo o Peg Pérego Pliko P3 Compact e estamos muito felizes com a escolha!
Vamos falar um pouco sobre alguns carrinhos pra ver se conseguimos ajudar vocês a escolherem. Começaremos pelo que nós escolhemos.
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Peg Pérego

Peg Pérego Pliko P3 Compact
Peg Pérego é uma ótima marca italiana de carrinhos. Já sabíamos disso e simpatizávamos com alguns modelos. Mas era só uma simpatia, pois quando chegamos à Buy Buy Baby ainda não sabíamos o que iríamos levar. Foi quando o vendedor pegou um Peg Pérego Pliko P3 Compact e fez uma demonstração de como fechar usando apenas uma mão. Fecha igual a um guarda-chuva! E pra abrir também é bem simples. Então demonstrou como encaixar o bebê-conforto. Muito fácil! Enfim, o carrinho é confortável, leve, prático, moderno, bem fácil de usar, ergonômico (os punhos ficam em uma posição ótima para as mãos) e bonito. Seu design não é tão moderno quanto o Quinny ou o Bugaboo, mas também não é dos mais conservadores.
Tem amortecedores em todas as rodas, apoio para o filho maior ir em pé na “traseira” e é super fácil de guardar, pois ocupa pouco espaço quando está fechado.
É ótimo também para enquanto o bebê é recém-nascido, pois tem o encaixe para o bebê conforto da mesma marca, que é o Peg Pérego Primo Viaggio, que compramos separado. Dizem que outros bebês-conforto também servem nesse carrinho, mas nunca testamos.
Preço Aproximado (2011): U$ 329.00
Peso: 11Kg
Veja aqui o vídeo de demonstração do modelo Peg Pérego Pliko P3 Compact:
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Peg Pérego Skate
O modelo top da Peg Pérego é o Skate. Ele é bem moderno e suas funcionalidades lembram um pouco o da Quinny. Tem diferentes regulagens de altura para os bebês, dá pra virar a cadeirinha para o bebê ficar virado pra frente ou para quem está empurrando e tem um design bem diferentão.
As mães que têm adoram, fazem excelentes comentários a respeito e consideram uma ótima relação custo-benefício.
Nós chegamos a pensar em levar esse, mas o achamos meio parecido com um carrinho de supermercado. Além disso, ele é grande e pesado, o que diminui a sua praticidade e complica a vida da mamãe quando estiver sozinha. Pensem sempre nisso quando forem escolher o carrinho – a mãe consegue manuseá-lo sozinha (e ainda tendo que ficar de olho no bebê)?
Preço Aproximado (2011): U$ 699.99
Peso: 20Kg
Veja aqui o vídeo de demonstração do Peg Pérego Skate:
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Chicco

Chicco Liteway
Chicco (se pronuncia Quicco) é outra ótima marca italiana de carrinhos. É muito mais conhecida no Brasil pois possui uma linha bem mais variada à venda aqui do que a Peg Pérego. Nos Estados Unidos encontramos uma linha bem variada da Chicco, com diversas opções em termos de conforto, estilo e praticidade.
Sinceramente, quando nós começamos a planejar a nossa viagem, não pensamos muito em olhar carrinhos da Chicco, pois além de pagar menos, queríamos trazer algo que fosse difícil (ou impossível) achar aqui. Queríamos algo diferente!
Mas um amigo nos deu a dica de um modelo bem bacana, o Chicco Liteway. Bem levinho, prático de usar e com várias funções, além de ter um precinho bem camarada!
Preço Aproximado (2011): U$ 140.00
Peso: 8,2Kg
Veja aqui o vídeo de demonstração do Chicco Liteway:
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Jeep

Jeep Liberty Limited All Terrain 3 Wheel Stroller
Essa é a marca preferida de 9 entre 10 papais, especialmente se o bebê for menino. O modelo Jeep Liberty Limited All Terrain 3 Wheel Stroller é um sucesso pelo seu visual e por todas as suas funcionalidades.
É um carrinho de 3 rodas, com amortecedores e pneus com câmara de ar, o que reduz o impacto dos desníveis do chão. Possui vários compartimentos para guardar coisas (em baixo, no fundo e nas laterais), além de porta copos e trecos próximo às mãos de quem está empurrando. Tem também um sistema iBaby, onde o papai e a mamãe podem plugar um iPod e o som é enviado pra dentro do carrinho, pro bebê ouvir. Isso é demais!!! Pra concluir, tem um divertido painel com volante, alavancas e até uma buzina que faz barulho de verdade para o bebê se divertir.
É compatível com algumas das principais marcas de bebê-conforto – Chicco, Graco e Peg Pérego, se dobra utilizando apenas uma mão e é super barato.
Chegamos a ficar diante de um desses na loja, tentados a comprar. Mas os contras pesaram bastante. Ficamos com medo de um carrinho com 3 rodas para recém-nascido. Além disso, ele é um trambolhão, mesmo fechado. Ocuparia o porta-malas inteiro, sem falar no trabalho que daria toda vez que a mamãe estivesse sozinha. o papai ficou com uma dor no coração, mas nós desistimos aí na hora.
Preço Aproximado (2011): U$ 180.00
Peso: 16Kg
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Quinny

Quinny Buzz
Pronto, chegamos no queridinho das celebridades. Também, fica muito mais fácil ser notada pelos fotógrafos quando se está empurrando um carrinho Quinny. E convenhamos, eles são lindos! Práticos para abrir e fechar e podem adaptar moisés (vendido separadamente).
O modelo Quinny Buzz tem 3 rodas, mas não é considerado um modelo jogging, pois a rodinha da frente é convencional, e não um pneu como de bicicleta. Já o Quinny Buzz 4 tem quatro rodinhas.
É sem dúvida um excelente carrinho, mas algumas mães que o compraram não recomendaram, pois o consideraram pesado e grandão quando dobrado. Por conta disso o descartamos.
Quinny Buzz:
Preço Aproximado (2011): U$ 550.00
Peso: 15,5Kg
Veja aqui o vídeo de demonstração do Quinny Buzz:
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Quinny Buzz 4:
Preço Aproximado (2011): Se descobrir, nos avise!
Peso: 15Kg
Veja aqui o vídeo de demonstração do Quinny Buzz 4:
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Bugaboo

Bugaboo Cameleon
Fechamos aqui com a marca considerada a “Ferrari” dos carrinhos de bebê. Muito bom, visual moderno, com rodas grandes que dão ótima mobilidade e se adequam a qualquer tipo de terreno, além de tornarem o carrinho mais leve na hora de empurrar.
Já vem com moisés, que permite que o bebê fique deitadinho como no berço, ideal pra quando é recém-nascido. Depois, é só substituir o moisés pela cadeirinha que também vem junto. Pode acoplar também vários tipos de bebê conforto, como o Gracco, Maxi Cosi e Peg Pérego, mas para isso tem que comprar um adaptador (U$ 44.99).
Outra coisa muito legal é que o bebê pode ficar virado pra a frente ou pra trás, de acordo com a vontade dos papais. Fácil de montar e desmontar e a posição das rodas também pode ser invertida, deixando as maiores na frente pra terrenos acidentados.
Entre os pontos negativos estão o preço (entre os mais altos), o fato de ele não ser leve, ocupar muito espaço no porta-malas, especialmente junto com o moisés, e o fato de você não poder dobrá-lo sem antes remover o moisés ou a cadeirinha. Toda hora tem que ficar retirando e colocando de volta para desmontar e montar. Algumas mamães que compraram também reclamam que os adaptadores para bebê-conforto não funcionam bem na prática e que ele não é tão simples assim pra abrir e fechar. Por essas razões não o escolhemos. Convém pedir uma demonstração na loja!
Bugaboo Cameleon:
Preço Aproximado (2011): U$ 880.00
Peso: 16Kg
Veja aqui o vídeo de demonstração do Bugaboo Cameleon:
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Carrinhos para gêmeos

Maclaren Twin Techno
Bem, como não buscávamos um carrinho duplo, não temos muita experiência no assunto, embora tenhamos visto muuuitos modelos diferentes, cada um mais interessante que o outro. Pesquisamos um pouco e descobrimos que o modelo preferido para carrinhos desse tipo é  Twin Techno, da Mclaren. Uma das pessoas que indica é a Julia Albuquerque, autora do blog Just To Be Mother. Muitos artistas de Hollywood adotam esse carrinho, que fecha como guarda-chuva, custa cerca de 380 dólares e pesa 20,4Kg. Tem também outras marcas muito bem avaliadas, como Baby JoggerDream OnJoovyBOB e Peg Pérego.
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Bom, existem dezenas de marcas de carrinhos de bebê disponíveis nos Estados Unidos e isso é de enlouquecer qualquer um, pois tem muita coisa boa! O que fizemos aqui foi pegar algumas das principais, mas não podemos deixar de mencionar marcas como MaclarenGracoMamas & Papas e UPPAbaby, também entre as favoritas dos americanos e dos brasileiros que viajam para fazer o enxoval do bebê em Miami. Tem gente, por exemplo, que além do carrinho principal, compra também um Maclaren de um modelo mais leve e barato para quando o filhote já estiver sentando com mais firmeza. Essa é uma marca bastante popular entre os americanos.
Se você tiver alguma experiência com carrinhos que não foi mencionada aqui, escreva um comentário. Vamos tentar ajudar a diminuir a indecisão dos casais, se é que isso é possível quando o assunto é carrinho de bebê!
http://comprasbaby.wordpress.com/2011/09/20/dossie-carrinhos-de-bebe/

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Grávidas buscam nas casas de parto alternativa aos hospitais « Casa do Parto de Sapopemba


Grávidas buscam nas casas de parto alternativa aos hospitais

13/06/2011
por ellyguevara
Elas pertencem às classes média e média alta, têm nível superior e plano de saúde. Mas, na hora de terem seus bebês, preferem recorrer a casas de parto do SUS (Sistema Único de Saúde) a contar com a megaestrutura oferecida pelos hospitais privados. Ter a chance real de um parto humanizado, fugir de uma cirurgia cesárea, acreditar que o nascimento é um ato fisiológico e não médico e desejar suporte emocional e não apenas tecnológico. Esses são alguns dos motivos listados por mulheres que, acima de tudo, alegam querer ser “donas” de seus próprios partos.
Todas têm em comum a intenção de driblar as sucessivas intervenções médicas que fazem parte das rotinas hospitalares e seus procedimentos-padrão –que vão desde a raspagem dos pêlos pubianos ao corte e à sutura no períneo, passando por lavagens intestinais, rompimento induzido da placenta e uso de ocitocina para acelerar o nascimento.
Hoje, há no país 14 casas de parto (ou Centros de Parto Normal, como são chamadas na portaria do Ministério da Saúde que as criou, em 1999). Todas fazem parte do sistema de saúde pública.
“A mulher está mais informada e percebeu que a melhor maneira de ter seu bebê é com o mínimo de intervenção. Como o serviço privado ainda não tem essa alternativa para oferecer, ela está migrando para a rede pública”, observa o ginecologista, obstetra e pesquisador na área de saúde da mulher, Marcos Dias. “A sociedade começou a responder por estar se sentindo enganada. As gestantes combinam com seus médicos que querem o parto normal e, na última hora, escutam uma desculpa para a cesárea. Médicos não querem esperar, e casas de parto são feitas para isso”, completa Francisco Vilella, homeopata, ginecologista e obstetra.
Três dias antes do nascimento de Raphael, a chef Marina Campliglia, 30, ouviu da médica que a acompanhava “que o bebê era muito grande e havia uma incompatibilidade entre o tamanho da cabeça dele e o da pelve dela”. “Estava na 41ª semana e sabia que seria provavelmente a minha última consulta. Saí chorando. Três dias depois, as contrações vieram. Virei para o meu marido e disse: “Vou para a casa de parto agora.’”
Marina não hesitou em percorrer, por 40 minutos, a distância entre a sua casa, em Moema, bairro nobre da zona sul de São Paulo, e a Casa de Parto de Sapopemba, na periferia da zona leste. “Desci do carro, e a bolsa estourou. Raphael nasceu comigo, com o pai e com a parteira. Sem anestesia, sem nada. Dez horas depois, peguei minhas coisas e voltei para casa, sem passar por mil médicos. Foi perfeito.”
Grávida de sete meses, a escritora Micheliny Verunschk, 33, única mulher finalista na última edição do prêmio literário Portugal Telecom, está dividida entre ter a filha Nina numa casa de parto ou em sua própria casa.
“Como leiga e mãe de primeira viagem, tinha certeza de que estaria mais segura se tivesse o bebê numa maternidade. Até que a médica me falou que se sentira “ofendida” por primas que optaram por partos na água e em casas de parto. Aquilo acendeu luzes de alerta em mim”, lembra. Tomada pela dúvida, dedicou-se a pesquisar. “Fui ler, buscar informações na internet e conversar com outras mulheres. Comecei a notar que a cesárea continua a ser o procedimento médico mais cômodo.”
A escritora, que ressalta que nunca seguiu “a linha natureba”, diz ter começado a questionar os hospitais. “Descobri que [nos hospitais] procedimentos contra-indicados pela OMS para partos normais, como a tricotomia e a episiotomia, são rotina. Não quero parir em um hospital, a menos que seja necessário. Acho que meu lado “bicho” despertou.”
A distância de sua casa até a casa de parto é o empecilho de peso. “Talvez por isso decida ter em casa. Veja bem, quantas vezes você ouviu falar de infecção domiciliar? Já de infecção hospital, eu ouvi inúmeras histórias.”
Um estudo publicado pelo “British Medical Journal” acompanhou 5.418 nascimentos domiciliares monitorados por parteiras nos EUA. A conclusão foi que, para mães saudáveis, as chances de um parto seguro são as mesmas em um hospital ou em casa. Do total de grávidas acompanhadas, 87% pariram sem necessidade de intervenção médica. Só 3,4% das parturientes foram transferidas para hospitais; 4,7% utilizaram anestesia; 2,1% fizeram episiotomia, 1% precisou de fórceps. Os percentuais de intervenção são mais baixos do que os de partos em hospitais, diz o pesquisa.


Grávidas buscam nas casas de parto alternativa aos hospitais « Casa do Parto de Sapopemba:

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Empreendedorismo Materno


SEXTA-FEIRA, 16 DE SETEMBRO DE 2011 - ENTREVISTA NO BLOG: 

http://empreendedorismomaterno.blogspot.com

Simone facilita a relação e o contato entre mães e bebês

Peço uma quase-licença aos leitores e leitoras para publicar aqui a história de Simone Cortez, porque ela é diferente das demais já publicadas aqui no blog. Isso, porque o universo materno mexeu com ela e sacudiu sua vida antes mesmo de ela ser mãe. Simone tomou contato com o mundo da maternagem em seus trabalhos, como psicóloga, babá e berçarista. Correu atrás, fez cursos de doula e educadora perinatal. E foi assim que surgiu a idéia do SerBebe. Será que o trabalho que ela desenvolve abre uma possibilidade de expandirmos a noção de empreendedorismo materno?

Simone Cortez, da SerBebe
Empreendedora recente, Simone conta que sempre fala pra as mães não se preocuparem, porque seus bebês as dirão o que fazer. “Basta confiar no taco dos dois”, diz. Por isso, se considera uma facilitadora da relação mãe e filho e não uma consultora.

Ela vê no empreendedorismo materno não só uma possibilidade de a mulher conciliar trabalho e cuidado dos filhos, mas uma chance de mudar o mundo do trabalho. “Isso mostra para a mulher e para o mundo a capacidade que nós temos. Que muitas vezes não aparecem ou não são valorizadas, no modelo trabalhista e machista que temos no mercado de trabalho. Mesmo em profissões ditas femininas”, atesta.

Confira abaixo a íntegra da entrevista com Simone.

Blog EM: Conte um pouco sobre a sua iniciativa: o que é? como funciona?
Simone
: Terminei a faculdade de psicologia e fui para área hospitalar. Passei por todas as áreas do hospital e as de que mais gostava eram a UTI neonatal e o pronto socorro. Nada a ver, mas eu gostava. Desde a época da faculdade, os recém nascidos me comoviam, eu não sabia bem o por que, mas eles me tocavam muito. E também gostava muito do assunto da gestação e do parto. Mas na faculdade de psicologia não tem nada nessa área, então fui para a área hospitalar, que era onde eu poderia chegar mais perto disso. Mas acabei me decepcionando com o modelo hospitalar e principalmente com o modelo que a psicologia estava inserida. Era uma abordagem muito invasiva, não respeitava o momento da pessoa, tínhamos que arrancar as coisas delas como se fôssemos interrogadores e com isso eu não conseguia concordar. Saí do hospital. Fui para a publicidade, trabalhei como modelo, produtora de casting e qualquer coisa que aparecesse pela frente. É uma área de que eu também gosto muito, mas queria mesmo era voltar para a psicologia e atender grávidas e recém mães. Sempre achei que entendia bem e me comunicava bem com os bebês e queria trabalhar com eles em parceria com as mães. Fui ser babá do filho de uma vizinha e lá conheci o tal livro da tal encantadora de bebês [A Encantadora de Bebês Resolve Todos os seus Problemas, de Hogg, Tracy; Blau, Melinda]. Devorei o livro. Achei uma porcaria... rs. E olhava pro bebê de que cuidava e falava pra ele que nada daquilo fazia sentido e ele ria e parecia concordar comigo. O meu grande professor foi ele sem dúvida. Ele é quem me dizia como cuidá-lo, e não os livros que a mãe dele tinha, nem os livros da faculdade e tantos outros livros da moda. E ai nasceu o SerBebê, que é o nome do meu "serviço". Cuidava do Téo o dia todo, das 8h da manhã as 7h da noite e quando a mãe dele chegava eu despejava todo o meu aprendizado em cima dela. Ela gostou muito e sempre confiou muito na minha intuição e assim fiquei com eles durante um ano. Nesse meio tempo, montei meu consultório com o intuito de passar esse conhecimento para outras mães. Eu nem sabia o que era doula e muito menos sabia que o que fazia era doulagem pós parto... rs. E foi assim que comecei a trabalhar com as mães. Sempre em parceira, as ajudando a reconhecer os sinais dos seus bebês. Sempre falo pra elas que não se preocupem, que eles dirão o que esta tem que fazer. Basta confiar no taco dos dois. Acredito que eu sou mais uma facilitadora nesse processo do que uma "consultora". Mas foram surgindo pacientes de todo tipo no meu consultório e as gestantes e mães sumiram. Sentia falta desse contato e, no ano passado, fui trabalhar num berçário como berçarista. Cuidava dos bebês e, no fim do dia, tinha essa troca com as mães. Mas era diferente do que eu realmente gostava, que era estar na casa delas, ou no meu consultório, falando e trocando sobre o os assuntos práticos, mas também sobre os medos, as inseguranças e expectativas. Mas ao mesmo tempo, o berçário me trouxe mais um banho de experiência em cuidar de bebês. Da dificuldade do dia-a-dia e tudo o que as mães passavam com eles em casa. E, novamente, foram surgindo mães e gestantes no meu consultório. Senti que precisava me especializar e fui fazer cursos no GAMA no começo do ano, de Educadora Perinatal e de Doula. Saí do berçário e me dedico ao meu consultório, como psicóloga, educadora perinatal e doula. E estou amando! Trabalho sozinha, mas participo de várias listas na internet, encontros e cursos. Sempre trocando experiência e informação. Então, acredito que sozinha, sozinha não estou. Mas não tenho nenhuma sócia.

Quais as facilidades e dificuldades de empreender?
A facilidades é o fato de você comandar o seu trabalho, sem interferência, sem ter que fazer do jeito do chefe, mesmo não concordando... isso acontecia muito no berçário, eu ficava louca da vida com isso, mas lá eu era empregada né? E a flexibilidade de horário também é legal. As dificuldades são financeiras. Não tenho um fixo por mês, e tem vezes que não tenho nada. E particularmente, acho difícil divulgar o meu trabalho.

Qual o lado bom e o lado ruim?
Lado bom é fazer o que se gosta, do seu jeito. E lado ruim é a instabilidade financeira. Pelo menos pra mim que estou no começo. Talvez - e eu espero que sim -, isso mude no futuro.

O que é empreendedorismo materno para você?
Acho que é inovar, criar condições de trabalho que vão de encontro com as suas expectativas, sejam elas quais forem, e se realizar trabalhando e sendo mãe ao mesmo tempo. 

Na sua opinião, por que as mães optam por este formato de trabalho?
Para terem tanto prazer trabalhando quanto tem em ser mães. Além de poderem ter mais controle sobre o seu dia, para poderem dosar bem o temo de trabalhar e o tempo de maternar.

Você acha este fenômeno algo positivo ou negativo para a vida das mulheres?
Eu acho positivo, porque mostra para a mulher e para o mundo a capacidade que nós temos. Que muitas vezes não aparecem ou não são valorizadas, no modelo trabalhista e machista que temos no mercado de trabalho. Mesmo em profissões ditas femininas. Mas por outro lado, vejo muitas mães que largaram seus trabalhos e foram empreender para terem mais tempo com os filhos, que estão trabalhando muito mais, sem tempo pra nada, do que se tivessem num “esquema empresa”. Acho que essas mães precisam parar e lembrar por que mesmo que largaram seus empregos e diminuir o ritmo de trabalho. 

É um modo sustentável de conciliar carreira e maternidade?
Acho que é sim. Mas sempre tomando cuidado pra não virar empresárias workaholicssem tempo pra viver a maternidade.

Gostou do trabalho da Simone?
Entre em contato com ela!
11 7878-5164
simonecortez@hotmail.com 

sábado, 17 de setembro de 2011

Parto em casa é seguro!


Parto em casa é seguro

Li com atenção a interessante matéria do Guia do Bebê sobre Parto em Casa. Efetivamente, a recente notícia de que o parto da modelo Gisele Bundchen foi assistido nos Estados Unidos em sua própria residência, dentro da banheira, teve grande repercussão na mídia e despertou grande interesse em diversas mulheres, além de debate por diversas categorias profissionais.
Entretanto, mesmo bem preparada, a matéria peca por apresentar apenas o ponto de vista de uma única obstetra, sem considerar a visão de diversos outros profissionais que podem participar da assistência ao parto e, sobretudo, sem analisar a opinião das mulheres.
Como obstetra, pesquisadora e integrante do Movimento de Humanização do Parto no Brasil, não poderia deixar de contrapor a este ponto de vista, digamos, “oficial”, por refletir a opinião de grande parte dos médicos-obstetras em nosso País, considerações baseadas não em “achismos” ou receios, mas em evidências científicas.
O parto em casa, conquanto seja uma modalidade ainda pouco freqüente no Brasil, representa uma realidade dentro do modelo obstétrico de diversos outros países, como a Holanda, onde 40% dos partos são assistidos em domicílio, dentro do Sistema de Saúde. Mas vários outros países europeus e até os EUA contam com estatísticas confiáveis pertinentes aos partos atendidos em casa, e é impossível falar em RISCOS ou SEGURANÇA sem considerar os resultados dos diversos estudos já publicados sobre o tema.
Em 2005, chamou a atenção a publicação de um interessante estudo analisando os desfechos de partos domiciliares assistidos por parteiras na América do Norte: "Outcomes of planned home births with certified professional midwives: large prospective study in North America"[http://bmj.bmjjournals.com/cgi/content/full/330/7505/1416?ehom]. O estudo incluiu 5418 mulheres. A taxa de transferência para hospital foi de 12%, com uma taxa de cesariana de 8, 3% em primíparas e 1,6% em multíparas.
A frequência de intervenções foi muito baixa, correspondendo a 4,7% de analgesia peridural, 2,1% de episiotomias, 1% de fórceps, 0,6% de vácuo-extrações e uma taxa global de 3,7% de cesarianas. A taxa de mortalidade perinatal (intraparto e neonatal) foi de 1,7 por 1.000, semelhante à observada em partos de baixo risco atendidos em ambiente hospitalar. Não houve mortes maternas. O grau de satisfação foi elevado (97% das mães avaliadas se declararam muito satisfeitas). A conclusão deste estudo foi que os partos domiciliares assistidos por parteiras têm os mesmos resultados perinatais que os partos hosp italares de baixo risco, com uma frequência bem mais baixa de intervenções médicas. Entretanto, alguns críticos comentaram que o número de casos envolvidos seria insuficiente para determinar a segurança do parto domiciliar em termos de mortalidade materna e perinatal.
Seguiram-se vários outros estudos, publicados em diversas regiões do mundo, comparando a morbidade e a mortalidade tanto materna como perinatal entre partos domiciliares e hospitalares. A conclusão geral é que o parto domiciliar NÃO envolve mais riscos para mães e seus bebês, e cursa com vantagens diversas, relacionadas sobretudo à expressiva redução de intervenções e procedimentos. Partos assistidos em casa têm menor risco de episiotomia, de analgesia de parto, de uso de fórceps ou vácuo-extrator, de indicação de cesárea e a taxa de transferência hospitalar fica em torno de 12%. Destaca-se ainda o conforto e a satisfação das usuárias, que vivenciam uma experiência única e transformadora em seu próprio lar.
O estudo mais recente publicado no British Journal of Obstetrics and Gynecology (2009) analisou a morbimortalidade perinatal em uma impressionante coorte de 529.688 partos domiciliares ou hospitalares planejados em gestantes de baixo-risco: Perinatal mortality and morbidity in a nationwide cohort of 529,688 low-risk planned home and hospital births. [http://www3.interscience.wiley.com/journal/122323202/abstract?CRETRY=1&SRETRY=0]. Nesse estudo, mais de 300.000 mulheres planejaram dar à luz em casa enquanto pouco mais de 160.000 tinham a intenção de dar à luz em hospital. Não houve diferenças significativas entre partos domiciliares e hospitalares planejados em relação ao risco de morte intrapa rto (0,69% VS. 1,37%), morte neonatal precoce (0,78% vs. 1,27% e admissão em unidade de cuidados intensivos (0,86% VS. 1,16%). O estudo conclui que um parto domiciliar planejado não aumenta os riscos de mortalidade perinatal e morbidade perinatal grave entre mulheres de baixo-risco, dese que o sistema de saúde facilite esta opção através da disponibilidade de parteiras treinadas e um bom sistema de referência e transporte.
Parteiras treinadas ou midwives, em diversos países, são aquelas profissionais que cursam em nível superior o curso de Obstetrícia e são treinadas para atender partos de baixo-risco e, ao mesmo tempo, desenvolvem habilidades específicas para identificar os casos de alto-risco, providenciar suporte básico de vida em emergências, tratar potenciais complicações e referenciar ao hospital, quando necessário. Essas profissionais, como a que atendeu Gisele Bundchen, estão aptas para prestar o atendimento à mãe durante todo o parto, bem como para assistir o bebê imediatamente após o nascimento e nas primeiras 24 horas de vida. Embora não haja necessidade de equipamentos sofisticados ou de UTI à porta da casa da parturiente, o material básico de reanimação neonatal é providenciado pelas parteiras certificadas. Parteiras também podem atender em hospital, de forma independente ou associadas co m médicos.
Uma revisão sistemática recente encontra-se disponível na Biblioteca Cochrane com o título de “Midwife-led versus other models of care for childbearing women” [http://www.cochrane.org/reviews/en/ab004667.html]. Esta revisão demonstra que um modelo de cuidado com parteiras associa-se com vários benefícios para mães e bebês, sem efeitos adversos identificáveis. Os principais benefícios são redução de analgesia de parto, menor número de episiotomias e partos instrumentais, maior chance de a mulher ser atendida durante o parto por uma parteira já conhecida, maior sensação de manter o controle durante o trabalho de parto, maior chance de ter um parto vaginal espontâneo e de iniciar o aleitamento materno. A revisão conclui que se deveria oferecer à maioria das mulheres (gestantes de baixo-risco) a opção de ter gravidez e parto assistidos por parteiras.
Em resumo, as evidências científicas disponíveis corroboram a segurança e os efeitos benéficos do parto domiciliar. Apenas criticar e apontar possíveis complicações, sem comprovar as críticas com evidências bem documentadas, publicadas em revistas de forte impacto, não pode ser mais aceito em um momento da história em que os cuidados de saúde devem se respaldar não apenas na opinião do profissional mas, ao contrário, devem se embasar em evidências científicas sólidas. Este é o preceito básico do que se convencionou chamar de “Saúde Baseada em Evidências”, correspondendo à integração da experiência clínica individual com as melhores evidências correntemente disponíveis e com as características e expectativas dos pacientes”. Embora iniciado na Medicina (“Medicina Baseada em Evidências”) esse novo paradigma estende-se a todas as áreas e sub-áreas da Saúde.

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